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Crónica de uma acompanhante - O dia em que resolvi ser puta de luxo

Crónica de uma acompanhante – O dia em que resolvi ser puta de luxo

Não são raras as vezes que ouço a expressão “ puta de luxo ” como se fosse algo negativo. A verdade, é que para os meus ouvidos, essa é uma expressão maravilhosa, principalmente quando falam de mim.

Muitos de vocês não conhecem a minha história, contudo, comecei desde muito nova e devido a problemas familiares, como prostituta.

Mas, tive a sorte de pelo meio do meu caminho, conhecer pessoas que me ajudaram a “evoluir na carreira” e hoje, sou uma das acompanhantes de luxo mais caras.

Por isso, quando falam de mim e me chamam de puta de luxo, não é nenhuma ofensa meus filhos, muito pelo contrário.

Mas, vou contar-vos um pouco da minha história, para que percebam o motivo do meu orgulho.

Puta de luxo – De prostituta a acompanhante

Estão a ver aqueles filmes de Hollywood em que a criança é filha de pais drogados, um morre e o outro não se consegue endireitar na vida?

Pois bem, a minha história não difere muito, sendo que o meu pai não morreu, mas encontrou outra mulher e abandonou-me quando tinha 6 anos.

A minha mãe… embora hoje em dia esteja saudável, consumiu drogas por muitos anos e acabou por me deixar à mercê de mim mesma desde muito cedo.

Claro está que entre a adolescência e umas companhias pouco duvidosas, antes dos 18 anos já trabalhava como prostituta para alguns conhecidos de forma a ganhar uns trocos.

Apesar de tudo, posso mesmo assim orgulhar-me, porque apesar de não ser rica nem nada desse género, sempre tive bom gosto para me vestir e a minha aparência era também muito bonita.

Assim, quando estava quase a fazer 20 anos e começava já a prostituir-me com estranhos, conheci a Dália. A Dália, é aquela pessoa a quem adoro chamar de anjo da guarda.

Na altura que a conheci ela geria uma casa de acompanhantes de luxo em Espanha e convidou-me para ir com ela uns dias conhecer, e se gostasse que teria todo o gosto em me acolher e deixar-me evoluir.

Claro está que aproveitei! Nunca tinha saído de Portugal e estava a começar a ficar preocupada de não conseguir sair das ruas de Lisboa onde já passava metade das minhas noites à procura de homens (em alguns casos meio repugnantes) para sexo.

Espanha, uma nova oportunidade e uma nova vida

Tal como estava a dizer, com quase 20 anos fui com a Dália para Espanha, mais propriamente para Barcelona.

O espaço da Dália (ou Dona Flor como eu gosto de lhe chamar ainda hoje) era mais luxuoso do que qualquer lugar onde eu já estivesse estado. Além disso, haviam homens que escolhiam uma acompanhante e decidiam que aquela ia ser a sua puta de luxo.

Em muitos casos, isso incluía sexo, mas em muitos outros, incluía apenas aquilo que as acompanhantes fazem de melhor. Acompanhar.

Ao final de poucos meses na casa, conheci um homem que me “apadrinhou”, ou seja, que começou a bancar todas as minhas despesas para que eu fosse exclusivamente dele.

O melhor de tudo é que ele apenas queria companhia 2 dias por semana (fins de semana) e deixava que durante a semana tivesse uma vida completamente normal.

Assim, resolvi estudar artes e hoje, 6 anos mais tarde sou livre e posso fazer o que mais desejo.

Voltei há pouco tempo para Portugal onde vou criar a minha própria casa de luxo, onde possa acolher mulheres que como eu, têm um imenso potencial para acabarem nas ruas a prostituir-se por 20€ ou 30€.

Assim sendo, é fácil perceber porque é que fico orgulhosa de ser chamada puta de luxo. Na verdade, eu vim da miséria e consegui chegar ao topo.

Claro está que não quero fazer isto por toda a minha vida, mas por enquanto, estou feliz e amo o que faço, por isso, vou continuar enquanto me sentir bem.

Acerca Andreia

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